26 agosto 2008

A terceira temporada de... "The L Word" (2004)

Quando não se é hetero, é-se marginal? Parece que sim, depois de mais uma temporada da polémica e maníaco-depressiva "Letra L".

O elenco cresceu e conta agora com Max/Moira (Daniela Sea) no papel de um transexual que quer sentir-se bem no seu corpo e sobretudo ser aceite pelos outros. Porque a sociedade não olha com bons olhos duas meninas que se beijam em público...

O grupo de amigas "lésbicas" que nos habituamos a acompanhar continua a atravessar fases difíceis. Bette (Jennifer Beals) assiste ao crescente afastamento da sua companheira (Tina/Laurel Holloman), que mais tarde acaba por confessar sentir-se de novo atraída pelo sexo oposto. Já Dana (Erin Daniels) troca Alice (Leisha Hailey) por Lara (Lauren Lee Smith). E não é a única a dar uma "facadinha" na sua relação, já que Shane (Katherine Moenning) continua indomável, apesar da paixão caliente por Carmen (Sarah Shahi).

Quem parece que também veio para ficar é Helena Peabody (Rachel Shelley). Esta menina rica e mimada fica de mãos a abanar no final da temporada e parece que vai ter uma grande season pela frente! Aproveitem que já está a passar na Fox Life, às quintas à noite.

[Classificação] Mantenho a teoria da boa "telenovela", mas só um pouco. É que esta série tem a coragem de um verdadeiro drama, sem finais felizes no horizonte 7/10

A terceira temporada


Site oficial http://www.thelwordonline.com/
IMDb http://www.imdb.com/title/tt0330251


Actualmente em exibição no canal Fox Life às quintas-feiras (21h50).

A rentrée de... "Grey's Anatomy" (2005)


09 agosto 2008

O óbito de... Bernie Mac (1957-2008)

Vimo-lo no grande ecrã em papéis como Frank Catton na saga Ocean's Eleven, mas foi no pequeno ecrã, com a série "The Bernie Mac Show" (exibida pela também desaparecida SIC Comédia), que nos conquistou por completo.

Era o tio durão de três miúdos (uma adolescente, um rapaz e uma menina pequena), que falava com o público em tom de desabafo sobre o seu quotidiano atribulado. O papel valeu-lhe duas nomeações para os Emmys e, apesar de não ter sido distinguido com o prémio, revolucionou o conceito de sitcom familiar durante as cinco temporadas do seu programa (2001-2006).

Chegou tarde ao showbusiness e a sua carreira durou pouco mais de 15 anos. Aos 50, Bernie Mac fechou as portas à comédia e, hoje, temos menos um motivo para rir.

A notícia
Bernie Mac, Comic From TV and Film, Is Dead at 50
Published: August 9, 2008

Bernie Mac, a stand-up comic who played evil-tongued but lovable rogues in films like “Bad Santa” and “Mr. 3000” and combined menace and sentiment as a reluctant foster father on “The Bernie Mac Show” on Fox, died on Saturday in Chicago. He was 50 and lived near the city.

The cause was complications from pneumonia, his publicist, Danica Smith, said.

Mr. Mac, an angry stage presence with a line of scabrous insults, parlayed his success as a stand-up comedian onto the big screen in a string of comedies that usually cast him as wily con men like Pastor Clever in “Friday” (1995) and Gin, the store detective in “Bad Santa” (2003). He also excelled playing short-tempered misanthropes, notably in his starring role as Stan Ross, the nation’s most hated baseball player, in “Mr. 3000” (2004).

in The New York Times - Television

05 agosto 2008

Televisão à portuguesa :: Os Andrades

Uma das minhas séries habituais no início da década de 90 era Os Andrades. Uma sitcom portuguesa divertida e bem disposta, bem feita e que era apelativa. Graças à RTP Memória pude rever hoje um dos episódios. O genérico tem a música Uma Casa Portuguesa, que se aplica na perfeição à série. Curioso como nestas sitcoms (já tinha acontecido noutra, nos anos 80, a excelente Lá em Casa Tudo Bem, com Raúl Solnado) tinhamos uma qualidade impressionante, tanto de argumento como de interpretações. Já nas telenovelas andávamos a anos luz de tudo o resto!


OS ANDRADES
Uma família do norte que vive histórias atribuladas mas bem dispostas, onde a amizade e a confusão são uma constante.

03 agosto 2008

A quinta temporada de... "Family Guy" (1999-)

Para quem gosta de comédia e animação, "Family Guy" é daquelas séries obrigatórias. Pouco recomendado a miúdos, tem piadas para adultos e, na minha opinião, o melhor de tudo são as remissões para outras séries ou até ícones da cultura pop.

A quinta temporada começa da forma mais improvável - o Stewie finalmente sente amor pela mãe, Lois, ao ponto de saturá-la - e termina com um cenário de outro mundo (basicamente, o que teria acontecido se Peter não tivesse convidado Lois para um baile quando ambos se conheceram).

De resto, é o habitual - o preguiçoso do Peter a meter-se em sarilhos, Lois a tentar ajudá-lo mesmo quando não merece, o cão Brian a dar importantes lições ao precoce Stewie, a falta de inteligência de Chris combinada com a ausência de sex-appeal da adolescente Megan. É rir e voltar a rir quando menos se espera.

[Classificação] Comédia simples e eficaz no género de animação 7/10


A quinta temporada
Esta série foi exibida na SIC Radical.

01 agosto 2008

"True Blood", de Alan Ball

Alan Ball, o criador da série fora deste mundo, Sete Palmos de Terra, tem nova coqueluche, desta feita sobre vampiros num bairro norte-americano: True Blood.






Entrevista com Alan Ball sobre a série
HBO: After 'Six Feet Under,' making a show about vampires is a bit of a departure — what can viewers expect from 'True Blood?'
Alan Ball: It's based on a series of books written by Charlaine Harris, and it takes place in a world where vampires have made their presence known to humans. They've come out of the coffin, so to speak, because of the development by a Japanese biotech firm of synthetic blood for medical purposes, which the vampires claim fulfills all of their nutritional needs. So they've organized, and they're struggling for assimilation and for equal rights. That's sort of the big-world picture, and then in the small world of the show, which is a very small town in northern Louisiana, there is a waitress who works in a roadhouse, and she's telepathic, which has been a seriously debilitating pain in the ass for her. Everybody thinks she's crazy. She has no social life because of this, and then she meets a vampire. And because, technically, he has no brainwaves, she doesn't really hear his thoughts. So for the first time in her entire life, she can relax and be herself and not be on guard about hearing people's private, innermost things. And then there's a huge array of other characters; it's a really fun show. I remember when I was first pitching it, I said, ''This is popcorn TV for smart people.''