30 agosto 2009

A terceira temporada de... "Dexter" (2006-)

Os fãs do serial killer mais simpático do planeta vão gostar de ver Dexter (Michael C. Hall) cruzar-se com um potencial amigo, Miguel Prado (Jimmy Smiths), na terceira temporada da série. Mas, tal como o próprio Dexter, sentirão dúvidas sobre a veracidade da amizade.

Nesta season, Dexter dá ainda mais um passo no relacionamento com a namorada Rita (Julie Benz), sobretudo motivado por uma inesperada gravidez. Uma coisa leva à outra e em breve o casal começa a fazer planos para o casamento. Como será a futura vida familiar de Dexter, com um pequeno a atormentar-lhe as madrugadas?

Quanto ao resto da equipa, Debra (Jennifer Carpenter) surge com um novo look e uma certa resistência às relações amorosas. Contudo, toda a gente sabe que a menina sem papas na língua não consegue resistir ao sexo oposto... será que o próximo namoro vai ter mais sorte que os anteriores?

[Classificação] Algumas falhas ou pormenores pouco convincentes voltam a baixar a fasquia... mas não muito! 8/10


A terceira temporada

Série em exibição na RTP2.

23 agosto 2009

Rentrée americana

  • "How I Met Your Mother": 21 de Setembro (CBS)
    Últimas novidades em www.cbs.com/primetime/how_i_met_your_mother

  • "Grey's Anatomy": 24 de Setembro (ABC)

  • "Desperate Housewives": 27 de Setembro (ABC)

  • "Dexter": 27 de Setembro (Showtime)
  • "Private Practice": 1 de Outubro (ABC)

  • "Ugly Betty": 9 de Outubro (ABC)

A segunda temporada de... "Dexter" (2006-)

Quando Dexter (Michael C. Hall) volta à acção para a segunda temporada, acaba por revelar que talvez não seja o monstro que pinta. Traumatizado com a morte do irmão e toda a sua história pessoal, sente dificuldades em matar.

Como um viciado, começa a frequentar sessões de grupo e cruza-se com Lila (Jaime Murray), uma mulher que parece estar disposta a ver por detrás da máscara. Será que Dexter finalmente encontrou alguém que o compreende? Conseguirá vencer o vício e deixar de ouvir as vozes que o atormentam?

Resta dizer que esta crise existencial é acompanhada, a par e passo, pela investigação dos seus crimes pela sua própria esquadra. É difícil de resistir. No final, é o telespectador quem está viciado.

[Classificação] Depois de uma excelente primeira temporada, "Dexter" volta a surpreender 9/10

A seg
unda temporada

Série e temporada em exibição na RTP2.

06 junho 2009

Fecho de temporada(s)

Maio e Junho são meses de transição nas séries americanas. Há um lote que termina e outro que começa. No primeiro encontram-se "Desperate Housewives", "Grey's Anatomy", "How I Met Your Mother", "Private Practice" e "Ugly Betty", só para citar as que costumo acompanhar.

Entre os season finale destaco dois. Por um lado, "Grey's Anatomy" conseguiu nos últimos episódios voltar a dar alguma magia à personagem Izzie Stevens (Katherine Heigl), apesar da doença fatal que a atormenta. É que, a dada altura, as alucinações com o falecido noivo (Denny/Jeffrey Dean Morgan) faziam duvidar seriamente da credibilidade não apenas da história da personagem, mas da própria série. O final aberto e com um grau muito elevado de suspense denuncia que o Verão será dedicado a negociações para saber se Heigl e o seu bff (best friend forever), T. R. Knight (George O'Malley), vão continuar ou não no Seattle Grace Hospital.

O que também me deixou pendurada (talvez ainda mais...) foi o final de "Private Practice". Inesperado, mas se calhar não muito, o 22.º episódio parecia, à primeira vista, continuar na semana seguinte. No entanto, fechou mesmo o pacote da segunda temporada e, em poucas palavras, é mórbido e maquiavélico. É provavelmente a série que tenho mais vontade de ver o próximo episódio... quase apenas por isso. De resto, o balanço da segunda temporada é positivo, mas não extraordinário.

A série que voltou a renascer nesta última temporada foi "Desperate Housewives". O salto de cinco anos trouxe novo interesse às peripécias de Wisteria Lane e, quanto ao season finale, ainda está na minha lista de "A ver". Em breve, espero.

30 dezembro 2008

"Just Shoot Me" (1997-2003) em revista

Nomeada para seis Emmys e sete Globos de Ouro, "Just Shoot Me" é uma daquelas séries fáceis de ver, divertidas e inteligentes que, no entanto, passou um pouco despercebida no panorama televisivo português. Eu descobri-a quando a SIC Mulher a apresentou à hora do jantar, sempre adequada a este tipo de séries.

Num ambiente profissional, a série de Steven Levitan (criador de "Back to You"/"Juntos de Novo", exibida recentemente pela Fox Life) conta com um excelente elenco. Do "Saturday Night Live", David Spade é responsável pelas principais gargalhadas, mas ao seu lado está o experiente George Segal, Laura San Giacomo (que participa actualmente em "Saving Grace", outra das séries do Fox Life), Wendie Malick (outra presença frequente em séries) e Enrico Colantoni (um dos membros da equipa de "Veronica Mars").

Ao longo de sete temporadas (apenas duas disponíveis em DVD), acompanhamos o dia-a-dia de uma revista de moda, onde Maya Gallo (Laura), a jornalista que se formou em Stanford, tenta em vão dar profundidade aos temas superficiais que atraem o público feminino. Há um romance entre Maya e Elliot DiMauro (Colantoni) que termina no hospital, com um ataque de ansiedade provocado pelo medo do compromisso. Já Dennis Finch (Spade) é uma espécie de menino no corpo de um "homem" que, numa noite, quase cai nas garras de Nina Van Horn (Wendie), uma ex-top model especializada em one night stands e divórcios. Quem também tem a sua quota parte de romances mal-sucedidos é Jack Gallo (Segal), o dono da revista e o pai de Maya. Empresário de sucesso que sofre de um fascínio incurável por gadgets, é a cola que os mantém a todos juntos...

28 dezembro 2008

Suck on "True Blood" (2008)

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True Blood.
Longe dos tempos áureos de Sete Palmos de Terra, o imaginativo e obcecado por um grotesco estranhamente apelativo, Alan Ball, criou mais uma série de televisão original, mas que não chega aos calcanhares do anterior sucesso de culto. True Blood é inspirado numa série de contos de Charlaine Harris, cuja protagonista é a personagem Sookie Stackhouse (com um nome bem sulista).
Pegando na ideia base de uma jovem de uma pequena vila do típico sul interior norte-americano (o Louisiana) com um poder especial de 'ouvir' o pensamento dos outros, Alan Ball criou todo um universo vampírico hill-Billy/saloio que, primeiro custa a engolir, mas depois cativa até ao final.
Este é um mundo em transformação, onde uma série de assassinatos coincide com o 'sair do armário' dos vampiros, que se afirmaram na sociedade (com direito a voz política e tudo) há míseros dois anos. Sookie (interpretada pela atípica Anna Paquin) é a típica waitress (empregada de bar) de uma vila conservadora e em que todos se conhecem. Com poucos objectivos na vida, tudo muda quando conhece o vampiro Bill (Stephen Moyer).

Os primeiros episódios custam a 'engolir'. Trata-se de um universo quase ridículo, a roçar o cómico mas cheio de personagens fortes nesse registo perigoso. Está ali no limite - Ball gosta de arriscar -, mas passando os primeiros dois episódios, aquelas personagens começam a criar, por mais estranhas que possam ser, laços com o espectador. Ball tem esse talento, diga-se. Primeiro o de 'brincar' com temas algo grotescos e aberrantes mesmo (os créditos iniciais de True Blood mostram logo ao que se vai); depois o de nos colocar 'presos' a personagens que chegam a ser mentalmente desequilibradas e que vivem uma normalidade muito anormal. Isso já tinha ficado bem patente em Sete Palmos de Terra. Esta é uma versão com semelhanças, mas um pouco aquém da série de culto que me cativou durante cinco temporadas.

Vista a primeira temporada de True Blood (a segunda só chega no Verão de 2009!), os seus 12 episódios, é possível encontrar semelhanças até no estilo com o Sete Palmos. A presença de sangue constante e sem grandes pudores. Cadáveres, visões, alucinações e situações normais familiares e de amizado em cenários e contextos estranhos ainda são o prato do dia para Ball. Os episódios continuam a ter os 60 minutos (o que é raro para uma série nos dias de hoje!). Ainda assim são tudo menos monótonos. Há um ritmo cinematográfico repleto de suspense que cativa, muito graças às personagens e ao universo visual que ajuda a 'entrarmos' neste mundo tão improvável quanto bizarro.
À semelhança de séries como Heroes, há uma linearidade quase de novela, onde a acção não termina num episódio, mas cria expectativa para o episódio seguinte (inclusive o último episódio da temporada). Somos levados por estas 12 horas de True Blood como se de um só filme se tratasse.
O calor sulista faz as mulheres e homens da série andarem frequentemente com pouca roupa, trazendo uma vertente bastante sensual a True Blood (até na forma de filmar Sookie se nota isso). Não falta neste mundo saloio/vampírico a quota parte de tensão sexual em condições estranhas mas altamente cativantes.
No meio do universo vampírico, não falta o típico ultra-conservadorismo do interior norte-americano (que assola também a polícia), não só manifestado contra os vampiros, mas ainda contra os homossexuais, ou pessoas diferentes na generalidade (como Sookie, por ter a capacidade de ouvir os pensamentos dos outros). A série acaba por mostrar ainda os vampiros como seres mais organizados e respeitadores das suas regras do que os humanos, numa clara metáfora social, bem como uma classe política hipócrita com as suas próprias preferências. Há pano para mangas (e dentes para pescoços), nesta série estranhamente curiosa.

A ver.



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A bebida dos vampiros que não querem beber o sangue dos humanos chama-se True Blood (tem que ser aquecida no microondas antes de ser servida) e tem direito a anúncios e tudo (segundo os vampiros da série não sabe, nem de perto nem de longe, tão bem quanto o sangue humanos):











Tagline: Thou Shall Not Crave Thy Neighbour

Vampiro Bill para Sookie:
"You think that it's not magic that keeps you alive? Just 'cause you understand the mechanics of how something works, doesn't make it any less of a miracle...which is just another word for magic. We're all kept alive by magic, Sookie. My magic's just a little different from yours, that's all."


Site da série
IMDb
Citações

08 novembro 2008

Recordar... "Rua Sésamo" (1989-1992)

A versão portuguesa de "Sesame Street", exibida pela RTP no início da década de 1990, marcou pelo menos a minha geração. Ainda hoje dou por mim a trocar ideias sobre sketches e personagens com amigos. Só para citar duas personagens e muitos sketches marcantes: Egas e Becas.


"Noite de trovoada"



"Peixe, peixe, peixe, peixe"


"O Jogo das Setas"

11 outubro 2008

Mulher ao poder

Mulheres poderosas, independentes e com um grupo de amigas como única coisa certa e estável. Aí está o tema em voga em algumas séries televisivas que partem da série Sexo e a Cidade e acrescentam o lesbianismo à equação. Está na moda as séries que juntam estes elementos. Aqui ficam dois exemplos:




04 setembro 2008

O spinoff de... "The L Word" (2004)

A sexta e última temporada de "The L Word" começa em Janeiro e já se fala num possível spinoff, protagonizado por Leisha Hailey (aka Alice) e escrito pela produtora Ilene Chaiken.

A notícia
Leisha Hailey to top 'L Word' spinoff
Ilene Chaiken to write, produce Showtime pilot
By DANIEL FRANKEL

Showtime is hoping to extend the life of its "L Word" franchise with a spinoff starring Leisha Hailey.

Thesp has signed on to shoot a pilot presentation for the pay cabler.

Ilene Chaiken, creator and exec producer of "The L Word," will write and produce the pilot. Shooting is skedded for December.

Since 2004, Hailey has played Alice on "The L Word," a series about a group of gay and straight women living in a trendy Los Angeles neighborhood. The sixth and final season of the Showtime-produced skein is slated to run in January.

in Variety.com - Home Ent.

A estreia de... "90210" (2008)

A spin-off de "Beverly Hills 90210" chegou aos ecrãs americanos na passada terça-feira, 2 de Setembro, e foi um relativo sucesso para a cadeia de televisão CW. No entanto, apesar de ter atraído 4,9 milhões de telespectadores, a nova série não convenceu a crítica.

Se "Beverly Hills 90210" foi inovadora e surpreendente no início dos anos 1990, aparentemente não se pode dizer o mesmo de "90210". Será que já vimos tudo o que havia para ver sobre o quotidiano teenager?

A crítica
90210

(Series -- The CW; Tuesdays, 8p.)

By
LAURA FRIES


More than just a famous zip code, “90210” is easily the CW’s most-hyped show of the fall season, and the struggling netlet is banking on all of the buzz to draw big ratings. This spinoff, eight years after the first series ended, is a pallid copy of the original fish-out-of-water story, only with shinier cars, fancier clothes and Botox aplenty.

Sticking absurdly close to the same formula as the original, down to the opening theme and the filming style, the new version lacks that same sense of wonder and awe that Beverly Hills decadence and excesses once held over viewers. Thanks to Paris Hilton and reality TV, not much of what happens at the fictional West Beverly Hills High School seems all that shocking. As it is, the show coasts by mainly on a wave of nostalgia and stunt casting.

The two-hour premiere, a combination of the first and second episodes, sets the stage for plenty of drama for Kansas natives Annie Wilson (Shenae Grimes) and her adopted brother Dixon (Tristan Wilds) as they navigate their way among the brazen bloggers and posh cliques of their new school. Making matters worse, their dad, Harry Wilson (Rob Estes) is the new principal.

in Variety.com - TV Show Reviews